sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SINDROME DO PÂNICO

A síndrome do pânico acomete, principalmente, mulheres ( na proporcao de 2:1 em relação aos homens) no final da adolescência e início da juventude, mas pode ocorrer em qualquer idade. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
No Pânico o organismo responde a um aparente "alarme falso", o corpo reage como se estivesse frente a um perigo extremo, porém não há nada visível que possa justificar esta reação. é uma doença associada a um desequilíbrio dos neurotransmissores do cérebro , como a serotonina e a noradrenalina. Estes ataques duram poucos minutos , são autolimitados (cessam espontaneamente) ,mas causam muita apreensão e medo , sendo freqüentemente associados com uma sensação de morte iminente.
Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.
Em geral, segundo relato das pessoas acometidas pela Síndrome do Pânico, instala-se o que vem sendo chamado de "medo do medo", isto é, o medo de que a crise retorne. Devido a um processo de associação, a partir da primeira crise, qualquer estímulo interno (uma dor, tonteira, alterações nos batimentos cardíacos, etc) ou externo (um lugar, um cheiro, túnel, ônibus, metrô, etc) pode remeter à situação das crises anteriores e funcionarem como o elemento-índice, desencadeador de uma nova crise. Nesse sentido, fazendo parte de um procedimento defensivo para evitar que novas crises ocorram, vão se produzindo diferentes tipos de fobia.
As mudanças no organismo da pessoa indicam o diagnóstico da síndrome do pânico (é síndrome porque é um conjunto de sintomas). Caso essas transformações ocorram de forma repetida e inesperada e na ausência de doenças físicas (por exemplo, hipertireoidismo), pode ser um sinal de que a pessoa está diante de um quadro de síndrome do pânico: ritmo cardíaco acelerado ou palpitações no coração, suor excessivo, tremores, sensação de sufocamento e de aperto na garganta, dor no peito, enjoo, tontura, sensação de desmaio, sensação de estar fora da realidade, medo de perder o controle ou enlouquecer, sensação de formigamento, calafrios e medo de morrer.
As últimas notícias sobre as causas da síndrome vêm da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. Os cientistas entrevistaram 239 pessoas que enfrentaram traumas graves ao longo da vida. Nem todos tinham pânico e, nos que tinham, parece que não foram os traumas os grandes gatilhos. A maior predisposição estava naqueles excessivamente ansiosos e nos indivíduos muito preocupados com o próprio corpo, revela Anka Vujanovic, autora do estudo.
Existem hiatos nas explicações sobre o que acontece no organismo em plena crise. O que sabemos é que, diante de uma ameaça, nós liberamos hormônios como cortisol e adrenalina, que aceleram o coração, aumentam o aporte de sangue para os músculos e preparam o indivíduo para fugir, lutar, pensar rápido e se defender, explica o psiquiatra Luiz de Mello, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Supõe-se que, no portador da síndrome, esses mecanismos sejam não apenas exacerbados como defl agrados sem razão aparente, diz ele.
A síndrome do pânico é classificada, do ponto de vista psiquiátrico, como um transtorno de ansiedade. Quem sofre de algum outro mal desse grupo, como depressão, fobias ou transtorno obsessivo-compulsivo (que as pessoas conhecem pela sigla TOC), é mais suscetível. Um problema pode ser estopim de outro. Exemplo: alguém com obsessão por limpeza pode ter uma crise ao entrar em um banheiro público sujo.
O pânico pode ser herdado. Quem tem parentes de primeiro grau com a síndrome corre um risco de quatro a sete vezes maior de manifestá-la, afirma Franklin Ribeiro. As mulheres apresentam de duas a três vezes maior probabilidade de sofrer um ataque. Certas doenças também favorecem o medo. É o caso da asma, que parece afetar os tais receptores de carbono do cérebro, envolvidos com alguns dos sintomas da crise. Sem contar a sensação de descontrole sobre o dia-adia que a doença pode gerar. Noto em meus pacientes de pânico alguns traços de personalidade em comum. E um deles é a insegurança, conta Albina Torres.
A maioria dos pacientes passa por vários médicos de especialidades diferentes em busca de uma resposta e do tratamento para tamanha ansiedade, sem saber ou, às vezes, aceitar, que tantos sintomas físicos sejam proveniente de problemas emocionais. Felizmente, o transtorno tem tratamento e, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação. Cada caso é especial, mas geralmente a pessoa é tratada com sessões de psicoterapia e medicamentos. Ela já começa a melhorar entre duas e quatro semanas, mas geralmente leva um ano para se recuperar. Raramente há cura espontânea e, apesar de muitas pessoas ainda colocarem em xeque a relevância de complicações psicológicas, a síndrome do pânico deve ser tratada como doença. Caso contrário, pode levar a complicações ainda maiores: depressão, desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade, e abuso de álcool e/ou de sedativos, com prejuízos para a vida profissional, social e familiar.
Iniciar um tratamento psiquiátrico, com antidepressivos e ou ansiolíticos, para acabar com os efeitos físicos, provocados pelo desequilíbrio bioquímico. E muita psicoterapia para trabalhar a ansiedade, as fobias e mudar a atitude perante a doença. O entrosamento e a vontade de se curar do paciente é fundamental para o tratamento do pânico, procure ajuda médica.
VickaLuz



sábado, 24 de outubro de 2009

ASSÉDIO MORAL: Mobbing (Assédio Psicológico) no Trabalho


Assedio Moral

O reconhecimento do mobbing como uma nova causa causa de mal-estar e adoecimento no trabalho tem mobolizado pesquisadores da área da saúde mental ocupacional. A presença da violência no ambiente de trabalho implica em custos consideráveis para os indivíduos em termos de saúde e em relação a seu emprego e para a organização dado o impacto causado pelo absenteísmo, baixa na produtividade e rotatividade de pessoal.
Segundo o psicólogo alemão Heinz Leymann, definiu o termo “mobbing” como o fenômeno no qual uma pessoa exerce violência psicológica extrema, de forma sistemática e recorrente e durante um tempo prolongado – por mais de seis meses e que os ataques se repitam numa freqüência media de duas vezes na semana – sobre outra pessoa no local do trabalho, com a finalidade de destruir as redes de comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar a execução de seu trabalho e conseguir finalmente que essa pessoa ou pessoas acabe abandonando o local de trabalho.
Formas de expressão do Assédio Moral:
· Impor sobrecarga de trabalho;
· Sonegar informações e criar dificuldades para a realização de um trabalho;
· Desqualificar as pessoas, não respondendo a solicitações, perguntas, cumprimentos, como forma de menosprezo, humilhação;
· Desmoralizar o trabalho ou colocar em dúvida a competência das pessoas;
· Mostrar indiferença pelas condições em que as pessoas trabalham, ou fazer cobranças desmedidas;
· Exaltar-se nas suas comunicações ao funcionário;
· Ameaçar constantemente com a possibilidade de desemprego ou demissão.
A psicóloga Margarida Barreto, mestre em Psicologia Social pela PUC de São Paulo, caracterizou alguns tipos de chefes:
· Profeta: vê como um desígnio quase que divino “enxugar” a empresa. Trata as demissões como uma missão que tem que cumprir e se orgulha desta realização.
· Pit-bull: ataca, é violento e maligno. Tem prazer em humilhar e revela uma frieza próxima ao sadismo ao demitir as pessoas.
· Troglodita: é áspero, indelicado, rude. É precipitado nas suas decisões, implanta normas e todos devem se submeter ao que impõe.
· Tigrão: encobre sua insegurança, sua incompetência, agredindo as pessoas. Necessita fazer exibições do seu poder para se sentir respeitado.
· Mala-babão: promove-se adulando os seus superiores. É controlador e delator dos outros. É uma espécie de capataz moderno.
· Big Brother: entende que “não é com vinagre que se apanha Moscas”. Torna-se confidente dos seus colegas e usa desta vulnerabilidade paraexpor as pessoas, rebaixá-las ou até demiti-las.
· Garganta: não enxerga a sua incompetência e tem necessidade de se auto-afirmar o tempo todo. Não admite que subalternos saibam mais do que ele.
· Tasea (“tá se achando”): esconde seu desconhecimento com ordens contraditórias. Se algum projeto tem sucesso, ele é o responsável; se fracassa, a culpa é dos funcionários, que são incompetentes.
Com o aumento do estresse e tensão e diminuição do bem-estar psicológico, resultantes do processo de “mobbing”, provocando efeitos adversos da violência psicológica na saúde: ansiedade, depressão, sintomas psicossomáticos, agressividade, desconfiança, prejuízos cognitivos, tais como, dificuldade de concentração ou de pensar claramente, reduzida capacidade para a resolução de problemas, sentimento de inutilidade, isolamento e solidão, crises de choro, deterioração das relações interpessoais e transtorno por estresse pós-traumático e outros. Outros sintomas de doenças são comuns devido a psicossomática, tais como: desconforto gástrico, perda de apetite e náusea, dores generalizadas,palpitações, tremores, insônia ou sonolência excessiva, dor de cabeça constante, tonturas, falta de ar e até tentativa de suicídio.
Assédio Moral é crime
Já está provado que o ASSÉDIO MORAL é tão prejudicial ao seu sucesso profissional, quanto à sua vida e o único modo de combater tal "crime" é denunciar, pois calando-se você só irá contribuir para que outras pessoas também sofram desse mal.Para denunciar o Assédio Moral, basta você entrar em contato com a DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO ou com algum ÓRGÃO DE SAÚDE de seu Estado ou então contratando um auxílio jurídico (advogados que tratam dessa causa).

http://www.assesdiomoral.org
http://www.justicadotrabalho.com.br
http://www.tribunalpopular.hpg.com.br


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DRUNKOREXIA



Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição.
Estudos psiquiátricos apontam que o alcoolismo, em especial o feminino, pode ser relacionado a problemas psicológicos associados à depressão, ansiedade, anorexia e bulimia. Essa observação se mostra verdadeira quando levado em conta que o álcool, por anestesiar emoções negativas, muitas vezes é ingerido quando a mulher se encontra frustrada e deseja “esquecer” certos fatos.
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas provoca a perda de apetite, acarretando graves problemas no aparelho digestivo. Esta não é uma doença propriamente dita, ´mas sim um sintoma do alcoolismo, e tem como tratamento o mesmo que seria dado a qualquer outro alcoólatra.
Muitas dessas mulheres apresentam o “binge drinking”, ingerindo grandes quantidades de bebida em curto período de tempo, podendo ou não provocar o vomito a fim de beberem novamente ou de evitar a ingestão das calorias por medo de engordar.
O metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens. Segundo o médico Drauzio Varella, se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso orgânico, a mulher apresentará níveis alcoólicos elevados no sangue. “A fragilidade aos efeitos embriagadores do álcool no sexo feminino é explicada pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, por variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo mestrual e por diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima crucial para o metabolismo do álcool) “, explica Drauzio Varella.
Como se trata de duas compulsões juntas, o tratamento para a drunkorexia é multidisciplinar, envolvendo psicoterapia e acompanhamento nutricional. Suporte da família também é fundamental para a evolução de alguns casos.
Seqüelas: problemas hormonais, que levam a irregularidade ou suspensão da menstruação dificuldade de fertilização; Ocorrência precoce de osteoporose; Danos ao estomago, intestino e esôfago, podendo ocasionar o surgimento de tumores; Problemas de fígado, como cirrose hepática; Depressão e problemas de memória – desidratação e anemia.
A perda de apetite seria também uma das outras muitas conseqüências da ingestão de álcool, como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica, varizes e hemorragias, carência de absorção das vitaminas do complexo B que pode evoluir para uma pelagra, diabetes secundária pela interrupção da produção de insulina e inibição da absorção de outras vitaminas que aumentam a excreção. Além do desenvolvimento de anemia macrocítica, na qual os glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte do oxigênio no sangue, aumentam para um tamanho maior que o normal. Anorexia alcoólica, portanto, não seria o termo adequado para nomear o distúrbio, pois não é possível um anoréxico se tornar alcoólatra posteriormente.
VickaLuz