segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DRUNKOREXIA



Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição.
Estudos psiquiátricos apontam que o alcoolismo, em especial o feminino, pode ser relacionado a problemas psicológicos associados à depressão, ansiedade, anorexia e bulimia. Essa observação se mostra verdadeira quando levado em conta que o álcool, por anestesiar emoções negativas, muitas vezes é ingerido quando a mulher se encontra frustrada e deseja “esquecer” certos fatos.
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas provoca a perda de apetite, acarretando graves problemas no aparelho digestivo. Esta não é uma doença propriamente dita, ´mas sim um sintoma do alcoolismo, e tem como tratamento o mesmo que seria dado a qualquer outro alcoólatra.
Muitas dessas mulheres apresentam o “binge drinking”, ingerindo grandes quantidades de bebida em curto período de tempo, podendo ou não provocar o vomito a fim de beberem novamente ou de evitar a ingestão das calorias por medo de engordar.
O metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens. Segundo o médico Drauzio Varella, se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso orgânico, a mulher apresentará níveis alcoólicos elevados no sangue. “A fragilidade aos efeitos embriagadores do álcool no sexo feminino é explicada pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, por variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo mestrual e por diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima crucial para o metabolismo do álcool) “, explica Drauzio Varella.
Como se trata de duas compulsões juntas, o tratamento para a drunkorexia é multidisciplinar, envolvendo psicoterapia e acompanhamento nutricional. Suporte da família também é fundamental para a evolução de alguns casos.
Seqüelas: problemas hormonais, que levam a irregularidade ou suspensão da menstruação dificuldade de fertilização; Ocorrência precoce de osteoporose; Danos ao estomago, intestino e esôfago, podendo ocasionar o surgimento de tumores; Problemas de fígado, como cirrose hepática; Depressão e problemas de memória – desidratação e anemia.
A perda de apetite seria também uma das outras muitas conseqüências da ingestão de álcool, como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica, varizes e hemorragias, carência de absorção das vitaminas do complexo B que pode evoluir para uma pelagra, diabetes secundária pela interrupção da produção de insulina e inibição da absorção de outras vitaminas que aumentam a excreção. Além do desenvolvimento de anemia macrocítica, na qual os glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte do oxigênio no sangue, aumentam para um tamanho maior que o normal. Anorexia alcoólica, portanto, não seria o termo adequado para nomear o distúrbio, pois não é possível um anoréxico se tornar alcoólatra posteriormente.
VickaLuz

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