sábado, 14 de novembro de 2009

DISLEXIA

Apesar de ter trabalhado na área de psicologia escolar durante 3 anos, ainda não tinha acompanhado uma caso de deslexia, palavrinha estranha esta... Mas sempre tive curiosidade em saber do que se trata, e foi na minha especialização em psicopedagogia que pude entender melhor este conceito e hoje estou atendendo meu primeiro caso...
A palavra dislexia é derivada do grego: “dis” (dificuldade) e “lexia” (linguagem).
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica.
A Dislexia se caracteriza por problemas na leitura. Quando a pessoa lê, ela pode não entender bem os códigos da escrita. A leitura pode ser lenta, silabada e a pessoa pode ter dificuldades em reconhecer até mesmo as palavras mais familiares.A Dislexia é inesperada pois não tem uma causa evidente. A pessoa tem inteligência normal e condições adequadas em seu meio e em seu ensino, não apresenta doenças neurológicas ou psiquiátricas e não tem alterações significativas auditivas e visuais.
A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências
neurológicas para a dislexia. Vários pesquisadores sugerem uma origem genética para a dislexia. Outro fator que vem sendo estudado é a exposição do feto a doses exageradas de testosterona, hormônio masculino, durante a sua formação in-útero no ramo de estudos da teratologia; nesse caso a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino seria explicada por abortos naturais de fetos do sexo feminino durante a gestação. Segundo essas teorias, a dislexia pode ser explicada por causas físico-químicas (genéticas ou hor monais) durante a concepção e a gestação, dando uma explicação sobre os motivos de haver, aproximadamente, 4 pessoas disléxicas do sexo masculino para 1 do sexo feminino. Segundo essa abordagem da dislexia, ela é uma condição que manifesta-se por toda a vida não havendo cura. Em alguns casos remédios e estratégias de compensação auxiliam os disléxicos a conviver e superar suas dificuldades com a linguagem escrita.
Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente.
São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras.
Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber:
familiaridade,
freqüência,
idade da aquisição,
repetição,
significado e contexto,
Regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema, e
Interações
Sinais Comuns de Dislexia

Na Educação Infantil
  • Falar tardiamente
  • Dificuldade para pronunciar alguns fonemas
  • Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário
  • Dificuldade para rimas
  • Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome
  • Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas
  • Dificuldade na habilidade motora fina
  • Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa
  • Dificuldade para lembrar nomes e símbolo

    Na Classe de Alfabetização e 1ª série do Ensino Fundamental
  • Dificuldade em aprender o alfabeto
  • Dificuldade no planejamento motor de letras e números
  • Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )
  • Dificuldade com rimas (habilidades auditivas)
  • Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)
  • Dificuldade em seqüência e memória de palavras
  • Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar
  • Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
  • Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)
  • Dificuldade na execução da letra cursiva
  • Dificuldade na preensão do lápisDificuldade de copiar do quadro

    Da 2ª à 8ª série do Ensino Fundamental
  • Nível de leitura abaixo do esperado para sua série
  • Dificuldade na sequenciação de letras em palavras
  • Dificuldade em soletração de palavras
  • Não gostar de ler em voz alta diante da turma
  • Dificuldade com enunciados de problemas matemáticos
  • Dificuldade na expressão através da escrita
  • Dificuldade na elaboração de textos escritos
  • Dificuldade na organização da escrita
  • Podem ter dificuldade na compreensão de textos
  • Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas
  • Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios e gírias
  • Presença de omissões, trocas e aglutinações de grafemas
  • Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas
  • Dificuldade em conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
  • Dificuldade na compreensão da linguagem não verbal
  • Dificuldade em memorizar a tabuada
  • Dificuldade com figuras geométricas
  • Dificuldade com mapas

    Ensino Médio
  • Leitura vagarosa e com muitos erros
  • Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
  • Dificuldade em planejar e fazer redações
  • Dificuldade para reproduzir histórias
  • Dificuldade nas habilidades de memória
  • Dificuldade de entender conceitos abstratos
  • Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
  • Vocabulário empobrecido
  • Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade

    Adultos
  • Permanência da dificuldade em escrever em letra cursiva
  • Dificuldade em planejamento e organização
  • Dificuldade com horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)
  • Falta do hábito de leitura
  • Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas)
  • Características Gerais Associadas
  • A emissão oral é comparativamente muito melhor que do a escrita
  • Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa.

    DIAGNÓSTICO
    Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os sintomas podem ser percebidos em casa mesmo antes da criança chegar na escola. Uma vez identificado o problema de rendimento escolar, deve-se procurar ajuda especializada.

AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
A equipe multidisciplinar, incluindo Psicólogo, Fonoaudiólogo e Psicopedagogo Clínico inicia investigação detalhada e verifica a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. É muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a evolução do paciente.

TRATAMENTO
O tratamento embora não seja capaz de curar o paciente, o auxilia quanto às suas limitações, permitindo uma melhora progressiva, e evitando assim que sofra problemas sérios relacionados à autoestima e socialização.

DISLEXICOS FAMOSOS QUE SUPERARAM ESTA DIFICULDADE:
· Albert Einstein
· Alexander Graham Bell
· Agatha Christie
· Charles Darwin
· Auguste Rodin
· Gustave Flaubert
· Ben Johnson
· Harry Belafonte
· Leonardo Da Vinci
· Margaux Hemingway
· Oliver Reed
· Nelson Rockefeller
· Thomas A. Edison
· Robin Williams
· Tom Cruise
· Vincent Van Gogh
· Walt Disney
· Woopy Goldberg
· Winston Churchill
· Woodrow Wilson





sábado, 7 de novembro de 2009

SOLIDÃO

Solidão não é a falta de pessoas para conversar, passear ou fazer sexo... Isto é CARÊNCIA.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é SAUDADE.
Solidão não é o isolamento voluntário a que nos impomos, por vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é EQUILIBRIO.
Solidão não é o claustro voluntário que o destino nos impõe... Isto é um principio da NATUREZA.
Solidão não é o vazio de pessoas ao nosso lado... Isto é CIRCUNSTÂNCIA.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.


A idéia que a maioria das pessoas faz da solidão é de um sentimento doloroso que nos acomete em determinados momentos. Aquela sensação de mal-estar que nos invade na sexta-feira à noite ou no domingo à tarde quando estamos sozinhos em casa, sem programa. Ou é o estado em que um amigo se encontra porque está passando por um período difícil, depois de uma separação. Na verdade, a solidão é uma condição imanente ao homem, faz parte da vida. Só que, em certos momentos, a percebemos mais agudamente e não sabemos como lidar com ela.

O comportamento apresentado pelas pessoas solitárias pode ser uma forma de defesa contra traumas, sofrimentos e rejeições vivenciadas até mesmo na infância, revelando o medo do amor através do isolamento.

A origem essencial da solidão é o medo de amar, este pode ser visto no comportamento de fuga, ciúme e competição. Uma forma de lidar com a solidão é demonstrando os sentimentos, através de atitudes de doações em relação ao outro, ou seja, tomar a iniciativa de interessar e amar o outro.

SOLIDÃO A DOIS

O próprio ciúme não é apenas a desconfiança, mas uma certeza que se transforma em algo mórbido, por percebermos que o outro pôde ou poderá não apenas atingir maior satisfação e poder sobre nós, mas, que em síntese, soube lidar melhor com seus complexos de rejeição e inferioridade. O ciúme é o irmão gêmeo univitelíneo da inveja.

Uma das experiências de maior angústia que recaem sobre determinado ser humano, é quando o mesmo descobre que apesar de usufruir de determinado relacionamento, não conseguiu efetivamente eliminar o problema da solidão. A sensação primeira é sentir que não se tem o que se merece, causando ansiedade e total desconforto pessoal. A primeira e básica lição para qualquer tipo de relacionamento, é expor a insatisfação, sendo este ato uma prova de real amor, pois abre a porta para que ambas as pessoas reflitam sobre o desafio de estar com alguém e manter a chama do prazer. A falta do diálogo franco e profundo, apenas aprisionam ambos nos fantasmas da carência e insatisfação generalizada. Toda vivência negativa deveria ter o intuito de transformar determinada barreira em um novo caminho de evolução da relação. Infelizmente preferimos perder nosso companheiro para uma trama mal resolvida do inconsciente da pessoa, renegando por completo o potencial criativo e a coragem de mudar. Como é extremamente fácil perder aquela habilidade ou fidelidade em admirar o outro. O fato é que a maioria dos relacionamentos, provam a dificuldade de se encontrar pessoas que realmente caminhem juntas, no mais profundo de suas almas e atitudes. (Antônio Carlos Alves de Araújo-Psicólogo)


Então para encerrar, vamos de Sandra de Sá...

Solidão,dá um tempo e vá saindo,de repente eu tô sentindo,que você vai se dar mal.
Solidão,meu amor está voltando,daqui a pouco está chegando,me abraçando todo meu,meu, meu...
A solidão é nadavocê vem na hora erradaem que eu não te quero aqui
Que solidão que nada,eu preciso é ser amada,eu preciso é ser feliz
Solidão,ele disse que me ama,se amarrou em mim na camame levou até o céu,céu...



VickaLuz



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SINDROME DO PÂNICO

A síndrome do pânico acomete, principalmente, mulheres ( na proporcao de 2:1 em relação aos homens) no final da adolescência e início da juventude, mas pode ocorrer em qualquer idade. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
No Pânico o organismo responde a um aparente "alarme falso", o corpo reage como se estivesse frente a um perigo extremo, porém não há nada visível que possa justificar esta reação. é uma doença associada a um desequilíbrio dos neurotransmissores do cérebro , como a serotonina e a noradrenalina. Estes ataques duram poucos minutos , são autolimitados (cessam espontaneamente) ,mas causam muita apreensão e medo , sendo freqüentemente associados com uma sensação de morte iminente.
Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.
Em geral, segundo relato das pessoas acometidas pela Síndrome do Pânico, instala-se o que vem sendo chamado de "medo do medo", isto é, o medo de que a crise retorne. Devido a um processo de associação, a partir da primeira crise, qualquer estímulo interno (uma dor, tonteira, alterações nos batimentos cardíacos, etc) ou externo (um lugar, um cheiro, túnel, ônibus, metrô, etc) pode remeter à situação das crises anteriores e funcionarem como o elemento-índice, desencadeador de uma nova crise. Nesse sentido, fazendo parte de um procedimento defensivo para evitar que novas crises ocorram, vão se produzindo diferentes tipos de fobia.
As mudanças no organismo da pessoa indicam o diagnóstico da síndrome do pânico (é síndrome porque é um conjunto de sintomas). Caso essas transformações ocorram de forma repetida e inesperada e na ausência de doenças físicas (por exemplo, hipertireoidismo), pode ser um sinal de que a pessoa está diante de um quadro de síndrome do pânico: ritmo cardíaco acelerado ou palpitações no coração, suor excessivo, tremores, sensação de sufocamento e de aperto na garganta, dor no peito, enjoo, tontura, sensação de desmaio, sensação de estar fora da realidade, medo de perder o controle ou enlouquecer, sensação de formigamento, calafrios e medo de morrer.
As últimas notícias sobre as causas da síndrome vêm da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. Os cientistas entrevistaram 239 pessoas que enfrentaram traumas graves ao longo da vida. Nem todos tinham pânico e, nos que tinham, parece que não foram os traumas os grandes gatilhos. A maior predisposição estava naqueles excessivamente ansiosos e nos indivíduos muito preocupados com o próprio corpo, revela Anka Vujanovic, autora do estudo.
Existem hiatos nas explicações sobre o que acontece no organismo em plena crise. O que sabemos é que, diante de uma ameaça, nós liberamos hormônios como cortisol e adrenalina, que aceleram o coração, aumentam o aporte de sangue para os músculos e preparam o indivíduo para fugir, lutar, pensar rápido e se defender, explica o psiquiatra Luiz de Mello, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Supõe-se que, no portador da síndrome, esses mecanismos sejam não apenas exacerbados como defl agrados sem razão aparente, diz ele.
A síndrome do pânico é classificada, do ponto de vista psiquiátrico, como um transtorno de ansiedade. Quem sofre de algum outro mal desse grupo, como depressão, fobias ou transtorno obsessivo-compulsivo (que as pessoas conhecem pela sigla TOC), é mais suscetível. Um problema pode ser estopim de outro. Exemplo: alguém com obsessão por limpeza pode ter uma crise ao entrar em um banheiro público sujo.
O pânico pode ser herdado. Quem tem parentes de primeiro grau com a síndrome corre um risco de quatro a sete vezes maior de manifestá-la, afirma Franklin Ribeiro. As mulheres apresentam de duas a três vezes maior probabilidade de sofrer um ataque. Certas doenças também favorecem o medo. É o caso da asma, que parece afetar os tais receptores de carbono do cérebro, envolvidos com alguns dos sintomas da crise. Sem contar a sensação de descontrole sobre o dia-adia que a doença pode gerar. Noto em meus pacientes de pânico alguns traços de personalidade em comum. E um deles é a insegurança, conta Albina Torres.
A maioria dos pacientes passa por vários médicos de especialidades diferentes em busca de uma resposta e do tratamento para tamanha ansiedade, sem saber ou, às vezes, aceitar, que tantos sintomas físicos sejam proveniente de problemas emocionais. Felizmente, o transtorno tem tratamento e, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação. Cada caso é especial, mas geralmente a pessoa é tratada com sessões de psicoterapia e medicamentos. Ela já começa a melhorar entre duas e quatro semanas, mas geralmente leva um ano para se recuperar. Raramente há cura espontânea e, apesar de muitas pessoas ainda colocarem em xeque a relevância de complicações psicológicas, a síndrome do pânico deve ser tratada como doença. Caso contrário, pode levar a complicações ainda maiores: depressão, desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade, e abuso de álcool e/ou de sedativos, com prejuízos para a vida profissional, social e familiar.
Iniciar um tratamento psiquiátrico, com antidepressivos e ou ansiolíticos, para acabar com os efeitos físicos, provocados pelo desequilíbrio bioquímico. E muita psicoterapia para trabalhar a ansiedade, as fobias e mudar a atitude perante a doença. O entrosamento e a vontade de se curar do paciente é fundamental para o tratamento do pânico, procure ajuda médica.
VickaLuz



sábado, 24 de outubro de 2009

ASSÉDIO MORAL: Mobbing (Assédio Psicológico) no Trabalho


Assedio Moral

O reconhecimento do mobbing como uma nova causa causa de mal-estar e adoecimento no trabalho tem mobolizado pesquisadores da área da saúde mental ocupacional. A presença da violência no ambiente de trabalho implica em custos consideráveis para os indivíduos em termos de saúde e em relação a seu emprego e para a organização dado o impacto causado pelo absenteísmo, baixa na produtividade e rotatividade de pessoal.
Segundo o psicólogo alemão Heinz Leymann, definiu o termo “mobbing” como o fenômeno no qual uma pessoa exerce violência psicológica extrema, de forma sistemática e recorrente e durante um tempo prolongado – por mais de seis meses e que os ataques se repitam numa freqüência media de duas vezes na semana – sobre outra pessoa no local do trabalho, com a finalidade de destruir as redes de comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar a execução de seu trabalho e conseguir finalmente que essa pessoa ou pessoas acabe abandonando o local de trabalho.
Formas de expressão do Assédio Moral:
· Impor sobrecarga de trabalho;
· Sonegar informações e criar dificuldades para a realização de um trabalho;
· Desqualificar as pessoas, não respondendo a solicitações, perguntas, cumprimentos, como forma de menosprezo, humilhação;
· Desmoralizar o trabalho ou colocar em dúvida a competência das pessoas;
· Mostrar indiferença pelas condições em que as pessoas trabalham, ou fazer cobranças desmedidas;
· Exaltar-se nas suas comunicações ao funcionário;
· Ameaçar constantemente com a possibilidade de desemprego ou demissão.
A psicóloga Margarida Barreto, mestre em Psicologia Social pela PUC de São Paulo, caracterizou alguns tipos de chefes:
· Profeta: vê como um desígnio quase que divino “enxugar” a empresa. Trata as demissões como uma missão que tem que cumprir e se orgulha desta realização.
· Pit-bull: ataca, é violento e maligno. Tem prazer em humilhar e revela uma frieza próxima ao sadismo ao demitir as pessoas.
· Troglodita: é áspero, indelicado, rude. É precipitado nas suas decisões, implanta normas e todos devem se submeter ao que impõe.
· Tigrão: encobre sua insegurança, sua incompetência, agredindo as pessoas. Necessita fazer exibições do seu poder para se sentir respeitado.
· Mala-babão: promove-se adulando os seus superiores. É controlador e delator dos outros. É uma espécie de capataz moderno.
· Big Brother: entende que “não é com vinagre que se apanha Moscas”. Torna-se confidente dos seus colegas e usa desta vulnerabilidade paraexpor as pessoas, rebaixá-las ou até demiti-las.
· Garganta: não enxerga a sua incompetência e tem necessidade de se auto-afirmar o tempo todo. Não admite que subalternos saibam mais do que ele.
· Tasea (“tá se achando”): esconde seu desconhecimento com ordens contraditórias. Se algum projeto tem sucesso, ele é o responsável; se fracassa, a culpa é dos funcionários, que são incompetentes.
Com o aumento do estresse e tensão e diminuição do bem-estar psicológico, resultantes do processo de “mobbing”, provocando efeitos adversos da violência psicológica na saúde: ansiedade, depressão, sintomas psicossomáticos, agressividade, desconfiança, prejuízos cognitivos, tais como, dificuldade de concentração ou de pensar claramente, reduzida capacidade para a resolução de problemas, sentimento de inutilidade, isolamento e solidão, crises de choro, deterioração das relações interpessoais e transtorno por estresse pós-traumático e outros. Outros sintomas de doenças são comuns devido a psicossomática, tais como: desconforto gástrico, perda de apetite e náusea, dores generalizadas,palpitações, tremores, insônia ou sonolência excessiva, dor de cabeça constante, tonturas, falta de ar e até tentativa de suicídio.
Assédio Moral é crime
Já está provado que o ASSÉDIO MORAL é tão prejudicial ao seu sucesso profissional, quanto à sua vida e o único modo de combater tal "crime" é denunciar, pois calando-se você só irá contribuir para que outras pessoas também sofram desse mal.Para denunciar o Assédio Moral, basta você entrar em contato com a DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO ou com algum ÓRGÃO DE SAÚDE de seu Estado ou então contratando um auxílio jurídico (advogados que tratam dessa causa).

http://www.assesdiomoral.org
http://www.justicadotrabalho.com.br
http://www.tribunalpopular.hpg.com.br


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DRUNKOREXIA



Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição.
Estudos psiquiátricos apontam que o alcoolismo, em especial o feminino, pode ser relacionado a problemas psicológicos associados à depressão, ansiedade, anorexia e bulimia. Essa observação se mostra verdadeira quando levado em conta que o álcool, por anestesiar emoções negativas, muitas vezes é ingerido quando a mulher se encontra frustrada e deseja “esquecer” certos fatos.
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas provoca a perda de apetite, acarretando graves problemas no aparelho digestivo. Esta não é uma doença propriamente dita, ´mas sim um sintoma do alcoolismo, e tem como tratamento o mesmo que seria dado a qualquer outro alcoólatra.
Muitas dessas mulheres apresentam o “binge drinking”, ingerindo grandes quantidades de bebida em curto período de tempo, podendo ou não provocar o vomito a fim de beberem novamente ou de evitar a ingestão das calorias por medo de engordar.
O metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens. Segundo o médico Drauzio Varella, se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso orgânico, a mulher apresentará níveis alcoólicos elevados no sangue. “A fragilidade aos efeitos embriagadores do álcool no sexo feminino é explicada pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, por variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo mestrual e por diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima crucial para o metabolismo do álcool) “, explica Drauzio Varella.
Como se trata de duas compulsões juntas, o tratamento para a drunkorexia é multidisciplinar, envolvendo psicoterapia e acompanhamento nutricional. Suporte da família também é fundamental para a evolução de alguns casos.
Seqüelas: problemas hormonais, que levam a irregularidade ou suspensão da menstruação dificuldade de fertilização; Ocorrência precoce de osteoporose; Danos ao estomago, intestino e esôfago, podendo ocasionar o surgimento de tumores; Problemas de fígado, como cirrose hepática; Depressão e problemas de memória – desidratação e anemia.
A perda de apetite seria também uma das outras muitas conseqüências da ingestão de álcool, como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica, varizes e hemorragias, carência de absorção das vitaminas do complexo B que pode evoluir para uma pelagra, diabetes secundária pela interrupção da produção de insulina e inibição da absorção de outras vitaminas que aumentam a excreção. Além do desenvolvimento de anemia macrocítica, na qual os glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte do oxigênio no sangue, aumentam para um tamanho maior que o normal. Anorexia alcoólica, portanto, não seria o termo adequado para nomear o distúrbio, pois não é possível um anoréxico se tornar alcoólatra posteriormente.
VickaLuz

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Psicopata: Carinha de anjo, mente de demônio


A dificuldade maior em reconhecer um psicopata, é que sua aparência não é de um louco, maníaco, ou coisas do gênero, pelo contrario, eles são dóceis, simpáticos, amáveis, inteligentes e interessantes. De origem grega, psyché, alma; path, sofrimento, a psicopatia indica o doente da alma ou enfermo mental. Os psicopatas apresentam um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. Egocêntricos e narcisistas eles não sentem remorso, muito menos culpa. Alguns acham mais adequado o termo sociopatia, mas muitos deles são conhecidos como ‘serial killers’ – assassinos em série. Além destes, muitos outros criminosos coléricos têm características inerentes a esse distúrbio psíquico. O traço que distingue esse enfermo dos psicóticos é que o psicopata é muito perverso.
O psicopata sofre de uma tendência patológica à fabulação consciente. As estórias imaginárias desse mitômano são, por algumas vezes, pobres de conteúdo e inverídicas, por outras, pitorescas e convincentes. É grande a sua capacidade para mistificar e camuflar, para alterar a verdade, para mentir, simular, no escopo de chamar a atenção sobre si, a simpatia, a admiração, o espanto. costumam ser egocêntricos, desonestos e indignos de confiança. Com freqüência adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio. São indivíduos que agem somente em benefício próprio, não importando os meios utilizados para alcançar o seu objetivo.Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos.
Os psicopatas geralmente falam muito, expressam-se com encanto, têm respostas espertas e contam histórias, muito improváveis, mas convincentes, que lhes deixam em uma boa situação perante as pessoas.
Existem vários perfis do psicopata. Existe o psicopata leve, moderado e grave. O psicopata leve é o conhecido “171”, aplica pequenos golpes e engana pessoas de bem. O moderado já se envolve de maneira mais contundente com as vítimas dos golpes, que quase sempre envolvem muitas pessoas e grandes somas em dinheiro. Já o psicopata grave, esse sim é o mais conhecido pelo público leigo. É o indivíduo que comete assassinatos a sangue frio, sejam em série ou não. Nos noticiários, infelizmente, volta e meia aparecem casos de assassinos e estupradores seriais, muitas vezes crimes com requintes de crueldade. O que os diferencia é a forma de agir. Uns sentem prazer no estupro, em torturar, outros em torturar e matar.
A psicopatia tem causa multifatorial. Há estudos que demonstram que psicopatas que tiveram uma infância repleta de violência e com uma família desestruturada, podem chegar a cometer crimes graves contra a vida. Ou seja, podem se tornar verdadeiros predadores sociais, causando sérios prejuízos à sociedade. Há também fatores genéticos, fatores próprios de cada indivíduo e fatores de ordem social que quando somados, podem levar à psicopatia.
Para praticamente todos os casos, o tratamento tem pouco ou nenhum efeito. É preciso entender que a maneira de ser do psicopata é algo ruim para nós, mas para eles é algo perfeitamente normal e aceitável. Ainda não soubemos de nenhum caso de um psicopata estelionatário que passe por uma crise existencial e procure um tratamento. No psicopata grave então, nem se fala. As tentativas de intervenção, para estes casos graves, se dão no meio carcerário. Infelizmente, tais intervenções, são complicadas e conturbadas. Ainda não há cura para a psicopatia, e o tratamento se dá visando a redução de danos. Ou seja, é uma tentativa de tratamento que tem como objetivo diminuir os efeitos e os prejuízos sociais causados pelo psicopata.
Podemos estar a lidar diariamente com um psicopata, sem termos a noção que aquela pessoa está realmente doente e que afinal, todas as intrigas, confusões, desacatos, mentiras e mau-estar causados pelo mesmo.
Por tanto, eles podem estar bem mais perto do que você imagina, pessoas que entram em nossas vidas através do trabalho, do namoro ou da amizade. Sabe quando alguem encosta e sua vida fica completamente desequilibrada... Seu relacionamento amoro acaba, brigas constantes entre familiares, perseguições constantes no trabalho... etc.
Ou seja, “Quem vê cara, não vê coração”.
Bjs!!!




VickaLuz

quarta-feira, 22 de julho de 2009

DISTURBIOS DE ALIMENTAÇÃO: BULIMIA E ANOREXIA

Não podemos falar em exercício físico, sem falar em alimentação. Em período de férias especialmente as mulheres começam a controlar o peso, fazer exercício e fechar a boca. Porém, este fechar a boca dificilmente acontece com uma dieta equilibrada, programada por um especialista como o nutricionista. Qualidade é bem diferente de quantidade, aí está o pecado...
Com uma alimentação irregular ou ficar sem comer não é a dieta correta, com isso pode-se desenvolver sério disturbios alimentares como a bulimia e anorexia.

A anorexia nervosa e a bulimia são distúrbios caracterizados por um comportamento alimentar bizarro.
Ocorrem com muito mais freqüência no sexo feminino do que no masculino e acometem pessoas que têm uma preocupação excessiva com a aparência e a forma do corpo.

A principal característica da anorexia nervosa é uma visão distorcida da imagem corporal.

Existe um medo mórbido de ganhar peso ou tornar-se obesa.
Já a bulimia nervosa caracteriza-se por uma compulsão em alimentar-se.

O indivíduo acometido chega a ingerir 2000 a 3000 cal em uma única refeição, parando de comer apenas quando acontece algo que o interrompa, como por exemplo, o término da comida, a interferência de outra pessoa ou quando começa a passar mal.

Nesses momentos, ele costuma ter uma terrível sensação de perda de controle.
Aí, para compensar, ele provoca vômitos, ingere quantidades excessivas de anorexígenos, laxativos ou diuréticos ou exercita-se excessivamente.

Esses distúrbios da alimentação acompanham-se de morbidade e mortalidade significativas.
A anorexia nervosa provoca todos os distúrbios associados à desnutrição e em casos extremos a morte.
Já a bulimia nervosa associa-se mais freqüentemente a distúrbios hidroeletrolíticose aos efeitos físicos dos vômitos.

A causa mortis, além daquela provocada pela desnutrição pode ser arritmia cardíaca, hemorragia digestiva, suicídio, etc.

O tratamento baseia-se predominantemente em psicoterapia, não raro necessitando do uso de medicamentos, como antidepressivos, que serão indicados pelo psiquiatra, conforme julgue necessário.
Freqüentemente recorre-se também ao auxílio de um endocrinologista ou clínico para controlar os distúrbios metabólicos associados.

Saúde, sempre!!!
Bjs!!!
VickaLuz